quarta-feira, 7 de novembro de 2012

OS DESCAMINHOS DA EDUCAÇÃO




 Texto escrito por Luiz Magalhães - publicado em jornal local

O desenvolvimento de uma nação só se consegue através da Educação do seu povo. É projeto que envolve grande soma de recursos e de retorno demorado. Daí o descaso dos governos que gerenciaram nosso país ao longo da nossa história.
         Educação é um processo de interação de cérebro a cérebro, meio pelo qual se garante o desenvolvimento e a transferência de cultura entre gerações, tornando-a um bem comum e patrimônio da humanidade. Os países que investem seriamente na formação dos seus quadros de magistério colocam a questão salarial como fator da competividade e seleção para o exercício profissional.
         O cérebro humano é um sistema holográfico que se caracteriza pela possibilidade de armazenagem e processamento de bilhões de informações e por um grau de conectividade que permite que cada parte tenha o todo em si, sendo responsáveis por diferentes racionalidades, emoções, sentimentos, intuições que enriquecem pontos de vistas contrários.
         Como manter um profissional da área intelectual em processo permanente de leitura, releitura e reciclagem, que são os alimentos da nossa massa cinzenta, com míseros duzentos reais, que mal garantem a nossa sobrevivência física?
         Faça-se uma pesquisa nas livrarias da nossa cidade para se saber o número de livros vendidos a professores anualmente, e vai se chegar à constatação que é praticamente nulo.
         Como democratizar o conhecimento, se o profissional responsável, o professor, se acha impossibilitado de adquirir a noção da totalidade que é o mundo, um mundo sem fronteiras unindo cidades, continentes, pessoas e culturas diversas? Com que dinheiro? Como romper com o positivismo em que nos encontramos?
         O magistério, que era orgulho e dava dignidade no passado, está se transformando numa velocidade vertiginosa, pelo descaso das autoridades, em mercadores de quinquilharias e “sacoleiras” do Paraguai. E as promessas de campanha, Fernando Henrique Cardoso?

  

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