A EXISTÊNCIA DE DEUS
Agenor Portelli Teixeira Magalhães
Talvez meu maior sonho seja um disco
voador pousando na terra e trazendo seres extraterrestres inteligentes. Sei que
os monoteístas torcem para isso não acontecer, pois temem que as escrituras sagradas
percam sua credibilidade. Deus teria criado a terra e o ser humano com
exclusividade no nosso planeta. A existência de dois mundos habitáveis
destruiria a teoria da criação. Não é bem assim, dois mundos em paralelo, em
minha opinião, reforçariam a presença de uma força criadora divina. As
condições que propiciaram o início da vida na terra não teriam probabilidade de
ocorrer outra vez se não houvesse um método criativo.
Quando escrevi Os Gênios do Gênesis há
cerca de cinco anos, enviei o texto para meia dúzia de pastores e a alguns
amigos. Um dos pastores que o recebeu remeteu para um especialista em história
religiosa para comentar meu trabalho. Nenhum respondeu, exceto o filho de um
pastor que recusou as comparações que fiz entre a criação do mundo sob o
enfoque bíblico e o big bang da ciência. Disse ele com outras palavras que o
universo é tão perfeito que não poderia ser obra do acaso.
Passados três anos, o jurista Ives
Gandra, em artigo no JB, intitulado Fiat Lux, resumiu minha teoria comparativa
tal qual eu havia elaborado, sem reconhecer meus créditos, ou por desconhecer o
meu trabalho ou por uma coincidência incrível, já que expôs de forma tão
semelhante o meu raciocínio primordial. Mais recentemente, tornou-se comum
encontrar em artigos sobre o universo e o big bang menção a semelhanças entre a
narrativa bíblica da criação e o átomo original que desencadeou a formação do
céu, da terra, das águas, enfim do universo. Tenho o direito de acreditar que
estou formando discípulos.
O escritor e colunista do JB Fausto
Wolf, que sempre faço questão de frisar, era um comunista de primeira linha,
mas que entre um texto e outro celebrava a existência de Deus com respeito,
embora não demonstrasse claramente sua crença. Pois bem, em um dos seus últimos
escritos publicados no jornal em agosto de 2008, antes de morrer, ele faz uma
descrição da criação divina muito parecida com Os Gênios do Gênesis, considerando
que entre um feito e outro Deus dormia milhões de anos. Ao invés da formula
matemática que exprimi em torno do número místico 7, ele usou de sutileza,
debitando o intervalo homérico de tempo a um sono profundo do Criador.
Ao contrário do que muitos leigos pensam
a respeito do universo, achando que tudo já foi decifrado e explicado por
Einstein e sua teoria da relatividade, e descrito por Timothy Ferris, a verdade
é que nada sabemos sobre nós mesmos e sobre esse cosmos inexplicável. O
acelerador de partículas criado por cientistas franceses e suíços, para
confirmar a existência da partícula bóson de Higgs, deverá reproduzir as
condições existentes no cosmos um trilionésimo de segundo depois do Big Bang e vai
comprovar o que já sabemos, pelo menos eu sei: Deus é o Bóson de Higgs. Se o
bóson não surgir, como muitos cientistas torcem para não acontecer, a comprovação
da existência de Deus fica adiada até que novas teorias surjam sobre a criação
do universo.
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